A Europa encontra-se num ciclo de crescimento mais atrasado relativamente aos Estados Unidos, enquanto este país atravessa uma forte incerteza, apontando-se para a descida dos juros pela Reserva Federal Norte-Americana (Fed), com o objectivo de controlar a crise e a instabilidade internacional nos mercados.
A crise dos créditos imobiliários de alto risco (subprime) nos Estados Unidos e os rumores associados a ela, bem como a injecção de liquidez por parte, nomeadamente, do Banco Central Europeu ( BCE) e da Fed, para criar maior confiança nos mercados, modificaram totalmente os cenários [da política monetária] anterior.
O BCE "vai manter as taxas de juro", porque tem a necessidade de "avaliar melhor a turbulência nos mercados financeiros".
O economista-chefe do Banco Comercial Português (BCP) sustenta que o BCE "vai manter as taxas de juro", porque tem a necessidade de "avaliar melhor a turbulência nos mercados financeiros".
Devido ao endurecimento das condições económicas em Portugal - a tendência será para a subida dos encargos com os empréstimos. A principal via para evitar ficar com "a corda apertada ao pescoço" e conseguir reduzir o impacto na prestação passará por negociar o ‘spread' mais baixo possível. A taxa de juro (fixa ou variável) livremente negociada entre a instituição de crédito e o cliente bancário, é apenas uma das componentes do “preço” a pagar pela concessão do empréstimo. Os ‘spreads' mínimos aplicados no crédito à habitação variam bastante consoante as instituições. Vão desde os 0,35% no Barclays aos 1,1% no Crédito Agrícola. Há cerca de dois anos, os bancos degladiavam-se por conseguir oferecer o ‘spread' mais baixo. Hoje, a realidade é bastante distinta. O agravamento das condições económicas das famílias e do desemprego fez disparar o incumprimento dos empréstimos, bem como o nível de desconfiança por parte dos bancos. Ao mesmo tempo, as dificuldades de financiamento dos próprios bancos também são maiores. Por todos estes factores, as instituições financeiras estão a restringir as condições de acesso ao crédito por duas formas: o aumento dos ‘spreads' e a diminuição dos rácios de financiamento.
Tipos de Taxas de Juros
A TAE, taxa anual efectiva, traduz a taxa de juro nominal contratada, a frequência de pagamentos das prestações e os encargos iniciais do empréstimo Esta taxa reflecte todos os custos associados (seguros, comissões,) aquando da realização de um empréstimo.
Taxa Nominal: Nominal significa "no nome somente". Esta é chamada algumas vezes de taxa entre aspas.
Taxa Periódica: A quantia de juros que nos é cobrada a cada período mensal.
Taxa Anual Efectiva: A taxa que realmente nos é cobrada com base anual. Neste caso estamos a pagar juros sobre juros.
Taxa Nominal = Taxa Periódica X Número de Períodos de Composição
Taxa Anual Efectiva = (1 + i / m) m
i = taxa de juros nominal
m = número de períodos de composição
Sem comentários:
Enviar um comentário